Fotografias: Lauro HF e Diego Macedo. |
Da Redação/ Adeildo de Sousa - Historiador.
No ano de 1862, há exatos 158 anos, a cidade de Crato era acometida pela epidemia do Cólera-morbo, que havia chegado ao Brasil em Maio de 1855. O referido surto que adentrou o país através do estado do Pará causou a contaminação de inúmeras localidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Belém, Salvador e Pernambuco, e posteriormente, o Sul do Ceará.
Em nossa cidade, ocorreram centenas de óbitos provocados pela alta letalidade do vibrião colérico (em torno de 1.100 mortes). A principal forma de transmissão da doença foi através do Rio Grangeiro, o qual, àquela época, atravessava a cidade e abastecia o consumo de água da população local, que ainda utilizava o rio para lavar roupas e tomar banho.
Como forma de se livrar da peste, a população local “pegou-se” com o santo São Sebastião através de orações e promessas, para que fossem validas diante da fatal moléstia.
Uma das mais emblemáticas preces foi a do Major Felipe Teles Mendonça, proprietário do Sítio Currais, que prometeu a construção de uma capela dedicada ao orago de São Sebastião, se este livrasse sua família e seus moradores da epidemia do vírus colérico.
A capelinha de traços simples, porém encantadores, só foi edificada em 1888, após a autorização do segundo bispo do Ceará, Dom Joaquim José Vieira, quando este validou a graça alcançada pela promessa do Major Felipe Teles.
Fotografias: Lauro HF e Diego Macedo. |
Em 17 de Junho de 1862, o primeiro bispo do Ceará, Dom Luiz Antônio dos Santos, mandou construir na estrada Crato – Juazeiro, um cemitério para sepultamento dos coléricos, com dimensões de vinte braças de largura e quarenta e três de profundidade.A epidemia do Cólera-morbo durou de 1862 a 1864, na cidade do Crato.
1 Comentários
Pois são Sebastião tem muito poder de graças e onde eu moro o padroeiro é são Sebastião o milagroso de muitas graça Amém
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